É um facto que foi há um mês atrás que tomei conhecimento do rombo que o meu já curto orçamento mensal passou a ter.

Sem grande coisa a fazer, e depois de contas feitas, cheguei à grande conclusão que, após o pagamento das contas certas, fico com 12 euros diários para alimentar uma família, vesti-la, educá-la, transportá-la.... ou seja, uma ninharia.

Mas é também um facto que, infelizmente, não devo ser a única neste barco. Tal como eu, também deve haver por aí muitas famílias com pouco mais de 360 euros mensais. Deverá também haver outras mães solteiras, sem ajudas do pai dos seus filhos, que têm de suportar o dia-a-dia da forma mais económica e imaginativa que possa haver.

E é também um facto que a necessidade aguça o engenho.

No espaço de um mês, passei a olhar com atenção ainda mais redobrada para os descontos e promoções dos supermercados. Em pleno mês de férias, e porque ficar fechada em casa não é de todo a solução mais correta (nem melhor para a sanidade mental de nós os 3), tive de procurar atividades e programas bons, diferentes.... e baratos (idealmente grátis). Nestes últimos 30 dias passei a olhar para a carteira com outros olhos, de forma mais ponderada e racional.

E é um facto que acredito que, se mantiver este meu novo método (que inclui registo diário de todas as despesas, e análise detalhada de todas as comporas a fazer), eu vou conseguir superar este desafio com nota positiva. Custa muito, é um facto. Mas eu hei-de conseguir. E no fim, quando passar esta fase e o meu ordenadinho voltar a ser todo da minha conta bancária, aí sim: continuo a poupança para oferecer (a mim e aos meus) umas férias mais que merecidas!